REFLEXÕES DA GROTA # 020



Na década de sessenta, durante do governo Jango, Luiz Carlos Prestes disse que os comunistas não estavam no poder, mas estavam no governo. Hoje, após dez meses [e um tanto] de governo Jair Bucho Costurado, podemos afirmar, sem medo de errar, que os comunistas e similares, não estão mais no governo, mas ainda estão no poder e, ao que tudo indica, continuarão por um bom tempo e, logo, loguinho, eles retornarão ao governo.

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Identificar erros, sejam eles nossos ou dum outro qualquer, tem apenas algum valor quando a nossa intenção é de aprendermos com eles. Se não temos esse intento, a identificação dos escorregões, caneladas e tropeços não passará duma série de futricas mesquinhas. Só isso e olhe lá.

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Ser gentil e procurar tratar a todos com um mínimo de deferência é um indispensável ato de amor; esforçar-se para conhecer as pessoas e a nós mesmos é um imprescindível ato de prudência.

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Todos os seres humanos, na essência de sua humanidade, são iguais. O que fazemos com essa dita cuja é que nos torna muitas vezes pessoas tão diferentes.

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Sem uma boa dose de pessimismo, nós terminamos apenas realizando homéricas cagadas; doutra parte, sem um bom tanto de otimismo acabamos tão somente fazendo bosta nenhuma. Um sutil equilíbrio entre essas duas porções seria aquilo que poderíamos chamar de realismo que, por sua deixa, é muitíssimo raro nos fincões brasileiros.

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Sim senhor, devemos saber aproveitar as oportunidades quando elas batem a nossa porta; também devemos saber quando torna-se apropriado deixar passar - de varagem - certas possibilidades que são largadas na entrada de nossa casa; ou seja, devemos ter, acima de qualquer coisa, o discernimento mínimo necessário para sabermos diferenciar as primeiras das segundas.

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Uns noventa por cento de tudo aquilo que produzimos não tem valor algum. É lixo. Só isso. Pior! Dos dez por cento que não são lixo, talvez apenas dez por cento possa contribuir para a salvação de nossa alma. Mas Deus, em sua infinita misericórdia, nos salva por bem menos que isso. Porém, nós em nossa incalculável vaidade, preferimos muitas vezes nos apegar a todo excremento produzido por nós do que aceitar aquilo que nos é oferecido graciosamente pelo Altíssimo. E assim, bem desse jeitinho, nos condenamos por sermos soberbamente tongos.

Escrevinhado em 10 de outubro de 2019,
por Dartagnan da Silva Zanela,
diretamente do Fundo da Grota –
http://zanela.blogspot.com/

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