REFLEXÕES DA GROTA # 014



A base duma boa educação é a imitação. A replicação de boas práticas, a reprodução de bons exemplos, duma forma que esses possam ser integrados e vividos pelo indivíduo e, após a assimilação duma gama significativa de vidas e práticas exemplares o indivíduo terá a seu dispor, em seu íntimo, uma vasta gama de referências para realizar-se como pessoa. Se não fazemos isso, bem, dum jeito ou de outro iremos procurar práticas e exemplos de vida para preencher o vazio fundamental que existe no âmago do nosso ser que, por sua deixa, poderão - como frequentemente acontece - mutilar a personalidade do infeliz. Mas não criemos pânico! Se não tivemos acesso a este tesouro até o momento, se sentimos que há vazio em nossa vida, podemos, a qualquer momento, lavorar para suprir essa carência. Basta que decidamos fazer isso. Porém, para tanto, é imprescindível que reconheçamos que estamos existencialmente indigentes.

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Um pedante nada mais é do que um estúpido escondido atrás dum papel pintado chamado diploma, ou de algo que o valha.

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Cultura não é adorno. Pode até ser usado como adereço duma alma sebosa, mas ela [a cultura] não é enfeite; a dita cuja não foi concebida para isso. Não mesmo.

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Há aqueles que, dum modo geral, estão faceiros da vida com o que tem, mas sempre encontram-se insatisfeitos com o que são e, por isso mesmo, procuram, com todas as forças do seu ser, tornarem-se pessoas melhores, mais dignas e, quem sabe, boas, independente dos bens que possua. Porém, há também aqueles que estão satisfeitíssimos com o tipinho medíocre de pessoa que são e, por isso mesmo, vivem putos da vida com aquilo que tem, por mais que tenham e, por essa razão, os caboclos desse naipe não almejam, nunca, se tornarem mais dignos, prestativos e bons. Não é à toa que gente assim acabe tornando-se apenas e tão somente um bostinha de nada que não fede e não cheira, com os bolsos cheios de grana e com uma alma de papelão.

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A cara escarrada do tal do “pensamento crítico” é retratada de forma primorosa naquela cena do filme “Tropa de elite”, onde um bando de garotos espertinhos – “criticamente críticos” – supostamente estudavam e dissimuladamente discutindo o conteúdo das páginas do livro “Vigiar e Punir” de Michel Foucault, enquanto fumavam um belo dum baseado. Não cara pálida. Não. Não estou dizendo que todo caipora que se ufana de ser uma pessoa “criticamente crítica” seja um usuário de drogas ilícitas. Não. O que digo é que há fortes evidências de que essas pessoas vivem alucinadas, e que reforçam sua doideira “intelectual”, irmanando-se em assembleia de inconscientes inconsequentes. Isso mesmo. Inconsequentes. Porque ideias - aparentemente bonitinhas, mas ordinárias - sempre acabam dando frutos pútridos; frutos esses que a “criticidade crítica” se recusa a enxergar.

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A dor não apenas é parte integrante da vida; ela é um dos fundamentos da existência humana. Nosso Senhor Jesus Cristo disse para abraçarmos nossa cruz de cada dia para segui-Lo; Ele não disse para picarmos ela e fazermos lenha para atiçar mais ainda a fogueira da nossa vaidade. Ou seja cara pálida, o problema não é o sofrimento, porque ele é um dos alicerces de nossa existência; o problema é como que nós acolhemos o dito cujo. Sim, podemos tentar fugir da dor. Podemos mesmo. Mas essa atitude hedonista – e covarde – já diz muito do tipo de pessoa que estamos escolhendo nos tornar. Enfim, não sejamos bananas e sigamos o Mestre dos mestres, abracemos nossa cruz de cada dia e sigamos em frente.

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Leis estúpidas, inevitavelmente, tem consequências [desastrosamente] estúpidas. Isso é da natureza delas. São feitas para isso mesmo. Somente almas tremendamente estultas, que não conseguem enxergar nada que esteja além de suas cercanias umbilicais, acham que tais leis seriam, tão só e simplesmente, uma mera questão de apelação, de sacanagem ou algo que o valha e, por isso, acreditam que as ditas cujas foram e são feitas somente para insultar sua limitada visão [fofa e ideologicamente deformada] da realidade.

Escrevinhado em 03 de outubro de 2019,
por Dartagnan da Silva Zanela,
diretamente do Fundo da Grota – http://zanela.blogspot.com/


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