O PIOR DOS PROFESSORES

O sucesso é um professor horrível. Isso mesmo: péssimo. A razão disso é que ele, frequentemente, leva o caboclo a acreditar que perder, ou não ter razão a respeito dalgo, seria o equivalente a fracassar redondamente como pessoa. Pois é, mas não é bem assim que a banda da vida toca. Na real, viver é uma sucessão de erros e equívocos mesclados com um e outro acerto e, a forma como lidamos com tudo isso é que denota o que estamos aprendendo e que tipo de sujeito estamos nos tornando. E é por isso que, muitas vezes, o sucesso é uma bosta. Não por causa dele em si, mas porque nós somos demasiadamente vaidosos e, facilmente, acreditamos que somos o máximo sem, ao menos, termos realizado algo mínimo.

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Sonhos que são deixados para trás acabam se convertendo em rancores futuros. Sonhos que são transubstanciados em projetos acabam dando um propósito para os dias que estão por vir.

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Olhemos para o passado, para a história, não para criticar tudo o que já foi feito pela humanidade, muito menos para nos sentirmos uma pessoa superior, por nos acharmos “profundamente críticas”. Voltemos nossas vistas para a história para aprendermos com todos aqueles que, com seus erros e acertos, já encerraram sua peregrinação por este vale de lágrimas.

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A honestidade e a sinceridade são tesouros preciosíssimos. Por isso, não espere encontrar tais preciosidades num mundo onde praticamente tudo é efêmero e descartável.

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Inúmeras vezes meu pai me disse que para viver devemos estar dispostos a matar um leão por dia e, as vezes, ter de engolir um e outro sapo. Curto, direto, perfeito. Porém, na atualidade, tais palavras, bem provavelmente, acabariam ficando no vácuo da incompreensão que é promovida criticamente pela mentalidade politicamente correta.

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Não sou otimista. Deus me livre e guarde disso. Nem tão pouco sou pessimista. Sou apenas um caipira que vive na grota e, desse ponto em que vivo, procuro entender todos os causos.

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Somente um idiota crê, candidamente, que estar aberto a tudo que se apresenta como novo, seria uma atitude sábia. Isso é bobagem e indica uma baita fraqueza de caráter porque, em regra, os idólatras das novidades, que gostam de se abrir gostosamente para tudo que se apresenta com o rótulo de inovação, dificilmente têm sua alma aberta para a procura sincera e abnegada pela verdade.

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Se fazemos pouco caso dos pequenos desafios do dia a dia, por considera-los insignificantes, dificilmente nos tornaremos maiores que a nossa mediocridade de cada dia.

Escrevinhado em 24 de novembro de 2019.