MAIOR EXCLUSÃO QUE ESSA NÃO HÁ
Podemos, sem dúvida alguma,
reencontrar algo que, por descuido, tenhamos perdido.
Obviamente que tal procura irá nos dar um baita trabalho, mas, é possível e, em muitos casos, necessária.
Agora, se nós simplesmente
abandonamos algo, a possibilidade de, um dia, reencontrarmos o que fora
abandonado por nós, é mórbida. Digna, inclusive, de atenção especial e tratamento.
E assim o é por uma razão muito
simples: não temos como reaver aquilo que jamais amamos.
Nesse sentido, quando sugere-se
que um conteúdo escolar, que acabou não sendo transubstanciado numa nota
razoável, que não tenha integrado a personalidade do portador da minguada nota,
deveria magicamente ser recuperado, na maioria das vezes essa seria, por
definição, uma impossibilidade, tendo em vista que este, o tal do conteúdo, não
foi minimamente amado por aquele que não fez a menor questão de conquista-lo.
Ou seja: não é o infante que
estaria sendo excluído pela nota baixa que foi obtida por ele, como afirmam os
doutos em educação [que nunca educaram ninguém]; foi ele, o
educando, que, soberbamente, excluiu impiedosamente o conhecimento daquele
conteúdo [e doutros mais] de sua vida.
Enfim, é isso o que ocorre quando se confunde bajulação com educação.
Escrevinhado por
Dartagnan da Silva Zanela, em 04 de abril de 2019.
Dia de Santo Ambrósio.
Pois é simples assim.
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