ENTRE EXTREMOS TEMOS O CAMINHO



A cobiça pela glória, pela vã glória, é uma ilusão agridoce que move o coração de inumeráveis tolos pretensiosos.

A mesquinhes, o apenamento frente a vida e aos seus desafios, também não deixa de ser outra forma de ouro de tolo que atrai os olhos preguiçosamente ingênuos.

Um e outro, cada qual com seus dilemas existenciais, com suas limitações morais, está procurando um subterfúgio para justificar os erros demasiadamente seus.

Uns pela ilusão de ser destinado a realização de hipotéticos grandes feitos, outros pela fantasia de que sua pessoa não seria digna de nadica de nada, nem mesmo dum lugar à margem da vida.



Bem, mas qual seria o cantinho que nos caberia desse grande latifúndio da vida? Qual? Não sei dizer.

Bem, seja como for, uma coisa é certa: grande ou pequeno, glorioso ou simplório, o nosso cadinho da existência deve ser conquistado por nós e, se assim procedermos, por menor que seja a fatia do bolo existencial, ela preencherá nossa vida de sentido.

E, assim o é, porque essa conquista, ao seu modo, acaba sendo a realização de nossa personalidade, daquele que nós devemos ser.

Fim. Pausa para o café.

Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela, em 03 de abril de 2019.
Falecimento de Johannes Brahms, compositor alemão.

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