GOTAS CÁUSTICAS
Não diga que fulano ou sicrano
estão propagando discursos de ódio só porque eles falam uma e outra verdade
politicamente incorreta e socialmente inconveniente. Pare com isso. Pare e
admita que está com raiva, com muita raiva inconfessada guardadinha em seu
lindíssimo coração de algodão doce. Reconhecer essa feiura é o primeiro passo
para libertar-se dessa hipocrisia diabólica que está carcomendo e danando a sua
alma.
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Política é um trem gozado. Gozado
não. É um bagulho sem graça e avesso à Graça. Não me refiro, nessas linhas, aos
entreveros de Brasília, nem aos pega pra capar da capital da província dos
pinheirais. Não. Me refiro aos trancos e barrancos presentes em nossas pequenas
repúblicas onde nossos representantes municipais lembram-se de mil e uma razões
para fazer seus conchavos e arranjos, lembram de tudo, menos do bem comum. Esse
não lhes interessa. Ele não está entre suas prioridades. De jeito maneira. O
que realmente importa para essa gente é saber de que forma eles podem
prejudicar seus desafetos e adversários para tirar alguma vantagem eleitoreira
imediata e mesquinha, mesmo que isso signifique sacanear com toda a população.
É triste. Sei disso. Mas é mais ou menos assim que o coração dessa gente
vampiresca pulsa.
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Simone Weill dizia que o inferno
nada mais é do que acreditar que se está no céu estando ardendo nas labaredas
da danação eterna. Nosso Senhor, por Sua deixa, adverte-nos dizendo que não
adianta nada o caboclo se dar bem nesse mundo de merda e perder sua alma
eternamente. Quer dizer, não foi bem assim que Ele disse, mas a essência do
dito é essa mesma. Não tem lesco-lesco. Bem, tendo esses conselhos diante de
nossas ventas e vendo toda essa tigrada metida a “otoridade”, com seus
carguinhos de papelão, conquistados por meio de conchavos, alianças escusas,
promessas indevidas, barganhas vergonhosas, futricas, intrigas e demais
malabarismos rasteiros, não temos como não dizer em nossas preces, ao Senhor
dos Céus, para que Ele os perdoe, porque essa tigrada metida não sabem o que
faz. Será que não sabe? Não sei. Vai saber, não é mesmo?
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Um vereador, em tese, seria um
representante dos interesses do povo. É para isso que serve uma vereança.
Diante dessa obviedade ululante ocorreu-me uma perguntinha (e não nos
esqueçamos que perguntar não ofende): por que será que os ocupantes desses
cargos eletivos não usam as tais redes sociais para consultar o povo, uma vez
ou outra, procurar saber o que seria da vontade daqueles que os colocaram na
egrégia casa de leis do município? Por quê? Simples: porque isso não é do
interesse dos nobres edis. E é melhor nem perguntar o que seria do interesse
deles. Vai que eles respondem, não é mesmo?
Escrevinhado por Dartagnan
da Silva Zanela
e-mail: dartagnanzanela@gmail.com
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