COM LÁGRIMAS NOS OLHOS

 

Os indesejáveis, os rejeitados e os incapacitados não tem o direito à vida. Isso mesmo. Subjacente a todos os rodopios em favor da cultura da morte (aborto), o que está sendo declarado, de modo sutil, é que os incapacitados, os rejeitados e os indesejáveis não tem direito a vida. A Igreja diz o contrário através dos seus orfanatos, asilos, santas casas e demais obras caritativas.

 

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Os comensais da morte acreditam candidamente que o aborto é uma solução – técnica e objetiva – para todos os problemas e males que são fomentados por esse mundo cão até que alguém cometa o disparate de descrever de maneira técnica e objetiva como ele é feito.

 

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Falhamos. Meu Deus! Como falhamos! Falhamos enquanto sociedade. Falhamos com a guria que sofreu por anos a fio nas mãos dos vermes que a violentavam; uma criança condenada a carregar as marcas dessa monstruosidade que fizeram com ela sob o manto dum silêncio atroz indescritível e, como ela, muitas outras crianças continuam a sofrer, silentes e esquecidas, pelo Brasil a fora. E a falha não para por aqui. Também falhamos com a inocente que acabou pagando com a vida para redimir um mal que ela não fez; uma inocente que carregou o peso brutal da omissão da sociedade brasileira. Um peso tão bestial que a matou. Resumindo: somos, enquanto sociedade, uma falha só. Uma falha que não se cansa de se fazer de Pilatos, lavando-se nas lágrimas silentes duma criança inocente e com o sangue vertido do coração de outra criança inocente.

 

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Quando nos deparamos com um dilema moral espinhoso, penso que primeiramente temos que reconhecer nossa miserável condição de merda vivente. Sim, sei que tem muita gente cheirosa por aí, mas, ao final, irão feder como todos. Não tem escape. Reconhecida essa verdade ululante, podemos indagar o seguinte, diante dum dilema moral terrificante: o que Joseph Meneghelli, o anjo da morte, faria? O que Adolf Eichmann diria sobre o caso? O que faria Santa Madre Teresa de Calcutá? E Santa Irmã Dulce dos pobres, o que faria? Feita essa reflexão, penso que podemos escolher de maneira sólida o que podemos dizer, o que iremos fazer e, é claro, quem pretendemos ser.

 

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Tudo de bom que algum dia foi realizado por amor ao próximo, de alguma forma acabou sendo cooptado e corrompido pela peçonha marxista, veneno esse que atiça conflitos e amplia rancores, criando um sufocante ambiente totalitário sob a desculpa de estar supostamente construindo um mundo melhor, quando, na verdade, a única coisa que essa toxina ideológica edifica é um clima infernal.

 

Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela

Quaresma de São Miguel Arcanjo

e-mail: dartagnanzanela@gmail.com

site: http://professorzanela.k6.com.br

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