PARECE BRINCADEIRA, MAS NÃO É



Se o caboclo se preocupa muito em causar sempre uma boa impressão, pode ter certeza que ele é um idiota.

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No Brasil, podemos afirmar, com relativa tranquilidade, que o que se convencionou chamar de democracia, nada mais seria que a divisão de funções, papéis e, principalmente, o controle de “feudos estatais” entre oligarquias; oligarquias devidamente representadas pelas legendas partidárias que, no frigir dos ovos, não passam de ferramentas burocráticas que literalmente existem para impedir que a vontade popular possa se manifestar e, ao mesmo tempo, dar a ilusão de que o povo está sendo representado por eles, os caciques políticos e suas tribos, que cristalizam o domínio das oligarquias e sufocam a democracia. E, obviamente, qualquer um que ouse combater e expor publicamente as vísceras desse mostro multifacetado irá encontrar uma tremenda resistência; a resistência do atraso; a resistência daqueles que acreditam que são os donos do Brasil e senhores da vida dos brasileiros.

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Um dos traços mais soberbos que se faz presente nas teorias pedagogescas modernosas é aquela constante afirmação de que o objetivo da educação seria ensinar as pessoas a pensar. Ensinar as pessoas a pensar. Que coisa hein? Será que os caboclos que afirmam isso pararam pra matutar seriamente sobre as implicações e complicações disso? Provavelmente não. Essa gente julga-se muito "crítica" - criticamente crítica - pra fazer algo assim, não é mesmo?

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“Stalin matou foi pouco”, disse a jovem que diz lutar por um mundo melhor; “o feto não é uma vida, é um parasita no ventre da mulher”, disse o jovem que defende a tolerância e o respeito incondicional à vida; e ambos foram aplaudidos pelo rapaz que acredita ser a viva alma mais justa que há em toda paróquia, porque ele está convencido que é uma pessoa "criticamente crítica”.

Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela,
16 de junho de 2019.



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