NOVOS AFORISMOS DA VELHA ALGIBEIRA
Todo aquele que reluta em aprender algo novo, que não
quer nem saber de ler um livro, assim o é porque, em regra, toda alma vazia
costuma bastar-se a sim mesma. Para ela, sua nulidade é tudo.
* * *
O celular, com as bobagens que nele carregamos, é
todinho nossos, todinho ele, pois sabemos o trabalho que tivemos para
adquiri-lo. Aliás, a tranqueira não é nem um pouco barata, não é mesmo? Já as
bobagens, que chamamos de nossas, todinhas elas, não nos pertencem, porque, na
maioria dos casos, não sabemos donde vieram e nem mesmo nos esforçamos para
recebe-las, armazena-las e repeti-las, como se fossem todinhas nossas.
* * *
As pessoas podem, um dia, nos trair; já os livros,
nunca fariam uma vilania desta. Nunca.
* * *
Sim, o cão é o melhor amigo do homem. Por isso, não
seria incorreto afirmar que o livro é o cão que levamos – ou que nos leva -
passear através do olhar.
* * *
- Mestre, o que seria esse tal de destino?
- É a incerteza apresentada diante do livre-arbítrio.
Dartagnan da Silva Zanela,
13 de maio de 2019.
Bom dia, nobre Dartan!
ResponderExcluirÉ minha primeira vez a comentar aqui no blog. Eis, pois minhas palavras:
Sua leitura do mundo "Todo aquele que reluta em aprender algo novo, que não quer nem saber de ler um livro..." é perfeitíssima e belíssima. Se eu fosse reescrevê-la, eu acrescentaria o seguinte:
"Todo aquele que reluta em aprender algo novo, que não quer nem saber de ler um livro,... 'está condenado a ser escravo eterno do vazio e da ignorância do Belo'".
É isso, meu amigo. Parabéns por tão enriquecedor trabalho.