NOVOS AFORISMOS DA VELHA ALGIBEIRA



Todo aquele que reluta em aprender algo novo, que não quer nem saber de ler um livro, assim o é porque, em regra, toda alma vazia costuma bastar-se a sim mesma. Para ela, sua nulidade é tudo.

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O celular, com as bobagens que nele carregamos, é todinho nossos, todinho ele, pois sabemos o trabalho que tivemos para adquiri-lo. Aliás, a tranqueira não é nem um pouco barata, não é mesmo? Já as bobagens, que chamamos de nossas, todinhas elas, não nos pertencem, porque, na maioria dos casos, não sabemos donde vieram e nem mesmo nos esforçamos para recebe-las, armazena-las e repeti-las, como se fossem todinhas nossas.

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As pessoas podem, um dia, nos trair; já os livros, nunca fariam uma vilania desta. Nunca.

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Sim, o cão é o melhor amigo do homem. Por isso, não seria incorreto afirmar que o livro é o cão que levamos – ou que nos leva - passear através do olhar.

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- Mestre, o que seria esse tal de destino?

- É a incerteza apresentada diante do livre-arbítrio.


Dartagnan da Silva Zanela,
13 de maio de 2019.



Comentários

  1. Bom dia, nobre Dartan!
    É minha primeira vez a comentar aqui no blog. Eis, pois minhas palavras:

    Sua leitura do mundo "Todo aquele que reluta em aprender algo novo, que não quer nem saber de ler um livro..." é perfeitíssima e belíssima. Se eu fosse reescrevê-la, eu acrescentaria o seguinte:

    "Todo aquele que reluta em aprender algo novo, que não quer nem saber de ler um livro,... 'está condenado a ser escravo eterno do vazio e da ignorância do Belo'".

    É isso, meu amigo. Parabéns por tão enriquecedor trabalho.

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