NO MEIO DA TORMENTA


Quanto ao atual governo, vou lhes dizer uma coisa: acho que ele está muito bem. Aliás, melhor do que eu esperava. É isso.

Não, não vou aqui listar realizações do governo Bolsonaro, nem apontar os erros e caneladas do mesmo, pois, ao que tudo indica, sua gestão irá realizar muitos outros acertos e inúmeros outras caneladas até 2022.

Enfim, mesmo com todos os tropeços, avalio positivamente o seu primeiro ano de governo devido a uma razão muito simples: eu não esperava que ele fosse terminar o primeiro ano à frente da presidência.

Tinha isso claro em minha mente quando sufraguei meu voto. Aqueles que convivem comigo sabem muito bem disso.

Além do mais, esperava um ano com um agravamento significativo da recessão, tendo em vista o estado de degradação em que se encontrava [e se encontra] o Brasil; mas não, apesar dos pesares [que não são poucos] o trem está andando e andando pra frente.

E tem outra: tinha plena consciência de que o Estado, aparelhado do jeito que estava [e que ainda está] seria um osso duro de roer, principalmente pela carência de bons quadros políticos para integrar o novo governo (o homem não tinha nem partido na véspera do pleito e, como todos já sabemos, ele não tem mais). Por isso não tinha, e não tenho, muitas expectativas.

Na real, a única expectativa que tinha era que ele desse uma freada no projeto totalitário comuno-petista. E essa, a meu ver, é uma grande expectativa.

Sim, as esquerdas, dum modo geral, estão pau da vida e fazendo o diabo para atrapalhar e, quem sabe, derrubar o atual presidente. Tá certo, também esperava isso.

Aliás, não esperava nada diferente, tendo em vista que isso faz parte do jogo político e da natureza advinda da ideologia advogada por eles (o partido acima de tudo; e Lula acima de todos).

Também esperava que cedo ou tarde muita gente abandonasse a nau capitânia, porque isso, também, faz parte do jogo.

Muitos líderes políticos se uniram, pelos mais variados motivos, contra o petismo, outros tantos surfaram oportunisticamente na onda bolsonarista e, agora, estão traçando os seus próprios planos para o próximo carteado eleitoral.

Sim, isso é feio. Sei disso. Mas, feliz ou infelizmente, também faz parte do jogo.

De mais a mais, gosto sempre de lembrar uma passagem de Shakespeare, onde o mesmo dizia que se reconhece um bom capitão de navio não na calmaria, mas sim, na tormenta. Pois é. E estamos numa.

Enfim, por essas e outras, não estou nem um pouco arrependido do meu voto confiado ao sobrevivente da facada, principalmente porque não me esqueço de quais eram as outras opções que tínhamos no carteado eleitoreiro de 2018 e, principalmente, o que cada uma dessas alternativas representava em termos políticos, sociais e econômicos.

Muita coisa está em jogo e, em razão disso, urge que tenhamos serenidade, sem perdermos a esperança e a ousadia, porque acima de qualquer coisa, imagino que todo brasileiro anseia por um país melhor para meus filhos e netos.

Por fim, rogo a Deus que Ele abençoe a todos, inclusive você, que leu essa crônica com ódio visceral daquele que a escrevinhou.

Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela, em 16 de dezembro de 2019, dia de Santo Eusébio.

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