REFLEXÕES DA GROTA # 006



Leio Henri Amiel com frequência. Leio, releio; paro, fico um tempo sem dedilhar as páginas de seu “Diário Íntimo” e, quando vejo, lá estou eu a me aconselhar com suas palavras. Cá estou eu a fazê-lo, mais uma vez. Pior! Ele sempre tem algo a me dizer. Algo que, por certo, já havia lido em suas luminosas páginas, mas que acaba tomando uma nova atualidade em minha amarga e estoica alma, carcomida pelo tempo. Enfim, por essas e outras que sempre recomendo aos meus alunos não apenas a leitura desse livro, mas que procurem tê-lo junto à cabeceira de sua cama, ao lado de “A imitação de Cristo” de Tomás de Kempis que, juntos – e, cada um ao seu modo – acabam sendo sempre verdadeiros unguentos para nossa porca vida atribulada. Experimente. E te garanto uma coisa: não dói e é melhor que frango.

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No final, tudo é silêncio. Não há solo de clarinete, nem de guitarra, nem mesmo um choro de viola. Ao final, para além dos umbrais do leito dos esquecidos, o que temos é apenas e tão somente um solene silêncio.

Escrevinhado em 02 de setembro de 2019,
por Dartagnan da Silva Zanela.
Do fundo da Grota: http://zanela.blogspot.com




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