QUANDO A NAU DA VIDA AFUNDOU DE VEZ



Sofrer uma baita “crise existencial” num determinado momento de nossa vida faz parte do jogo. Oxi! Se faz.

Agora, o que torna esse tipo de experiência traumática em nossa sociedade é que não são poucas as pessoas que passam por esse tipo de crise sem, ao menos, ter se tornado algo na vida.

Confesso que não sinto alegria em afirmar isso. Muito pelo contrário. Olhar para inúmeras pessoas, com o olhar carcomido pela ausência de sentido, se perguntando quantas e quantas vidas poderiam ter sido vividas, mas não foram. Pior! Não se sentem aptas a viver vida alguma que valha algo.

Sentem isso e nem mesmo sabem por qual razão.

Na ausência duma resposta minimamente razoável para essa inquietação que invade o espírito humano, muitos procuram agarrar-se a qualquer coisa que se apresente diante de suas ventas, transformando isso, ou aquilo, num ídolo, projetando nisso a imagem de tudo o que ela poderia, ou gostaria, de ter sido, mas não sabe exatamente o que é ou o que poderia ser.

Sim, é confuso. Não apenas isso. Uma vida vivida nesses moldes é pura desesperança. E o pior de tudo é que não são poucas as almas que estão agonizando nesse estado.

Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela,
27 de junho de 2019.



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